quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Celebrando a autenticidade

Essa não é mais uma crítica àquilo que cismam enfeitar com "te adoro" ou o derivado "te amo". São apenas idéias soltas de quem não tem muita experiência e poupa as papas da língua.

E a quem interessar, eu continuo solteira, por opção. Por opção daqueles que não dão a cara a tapa, que continuam a usar máscaras mesmo fora do carnaval. Por opção de quem não é firme o suficiente para se mostrar, de quem não aceita a própria imagem, digo, a própria sinceridade.

Isso não é só meu, não.

Preza-se quem assiste ao "Perfume de mulher". Meus parabéns! Mas, de que adianta assistir e não incorporar? O filme é sensível e exige sensibilidade. Quem assistiu e continuou agindo igual aos velozes e furiosos, na eterna corrida da autoafirmação, me desculpe, mas não compreendeu.

As cenas deveriam emocionar e acrescentar. Nada é apenas aquilo ali nítido aos olhos. É mais, a sensibilidade prática se faz necessária.

Acho que é por isso que boa parte das solteiras que conheço preferem a teoria. É mais fácil imaginar-se encantada, é mais simples quando as coisas só têm uma explicação, a sua.

É mais bonito alguém que brinca de alguém tem que ceder, explora e se emociona com 16 quadras.

Um viva à autenticidade!