domingo, 8 de junho de 2008

Momento TPM de presente pra você!

"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, Samizinha, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você"

"Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!"

"Eu Sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta Tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou"

e pra amenizar esse momento TPM em alta...

"Eu danço RÁPI
Bernardo Issler
A TIUria da ACADImia
Minha sobrancelha
Algodão doce
Faço pesquisa
Maroulevre"

Eeeeeeba! Parabéns pra você! Minah trabalhadora preferida!
Dude, você faz falta! Mas eu espero que todos os finais de semana sejam iguais a ontem, cehios de zona entre amigos!
Te amão, pra dedéu!
Beijoooca!

terça-feira, 29 de abril de 2008

A relativização dos meus medos

Esses dias eu me peguei pensando em mim mesma, nos meus próprios defeitos e qualidades, nos meus medos e orgulhos. Daí, deu que eu percebi muita coisa besta, que convive diariamente comigo e eu ou nem ligo ou finjo que não sei.

Resolvi então ignorar a máxima de que pimenta nos olhos dos outros é refresco, olhei para o meu próprio umbigo. E, pelo menos por aqui, farei piada de mim mesma. Dos paradoxos e loucuras que eu tenho vergonha de contar, mas não de escrever.

E se aquele meu famoso medo de altura for, nada mais , nada menos do que a insegurança que me rege? Eu perco o chão, vou para algum lugar em que a única referência que eu tenho é o nada, onde nunca estive e o qual nem mesmo sei como é, apenas na imaginação. Logo, é como não ter referência alguma. E se a insegurança já se dá quando eu conheço, que dirá quando eu desconheço?

E quanto àquele velho hábito de não ter ídolos.. quando tenho, não almejo uma aproximação. Melhor, até almejo, mas não crio expectativas, não me esforço para passar do plano imaginário para o o físico. Idolatrar alguém pressupõe uma relação submissa, desigual, no mínimo. Nunca gostei dessa idéia. E quando convivi com isso, odiei ainda mais. Repulsivo.

Ah, tem mais. Mas, essa eu deixo para: "façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço". Amizade é amizade. Muito amigo é melhor ainda. Não confundir, por favor! O começo é sempre maravilhoso, depois, td mundo se julga maduro o suficiente para separar as coisas. Ninguém é maduro o suficiente. Eu já escutei das duas versões. Mas, apesar de achar bonito o que dá certo...eu só acredito vendo. Tomara que veja.

Tem mais, as pessoas costumam achar estranho eu me afastar quando tenho problemas. Eu fico quieta, na minha. E às vezes..nem é nada demais. Mas, só o fato de falarem que eu to estranha, muda tudo. Eu fico estranha quando me dizem que estou. Caso contrário, passa rápido. É só um tempo para encaixar as fitas no seu devido lugar e continuar ouvindo as músicas.

Por fim, a sinceridade é essa e pronto. Eu falo, doa a quem doer. Se é amigo, falo mais ainda. As circunstâncias me fizeram aprimorar isso em mim. Aprendi. E, hoje não sie fazer de outro jeito. Peço desculpas adiantadas, mas falo mesmo.

Eu prefiro é continuar aqui no chão, comendo brigadeiro, vendo filmes e falando muito. Eu sei que falo. Aqui sim, tudo se materializa e se transforma. Do meu jeito. Quer coisa melhor?

Seja bem-vindo!

domingo, 13 de abril de 2008

O que me inspira...

Eu sempre achei engraçada essa minha fascinação pelos cheiros. Pelo cheiro de tudo. E, talvez agora com 20 anos nas costas, eu já possa tentar, esboçar, no mínimo, imaginar uma explicação.

Como toda magia parte de uma história, aqui vai a minha: Eu tinha cinco aninhos e estava longe da maturidade suposta hoje. Sentada no chão da marcenaria, ao lado do velhinho que continua a ilimunar os meus sonhos. Sem mais nem menos, mas com toda a certeza que o abrigava, ele disse: "vai chover, Ju. Sinta só o cheiro...". Ele inspirou e eu também o fiz em uma imitação quase perfeita, não fosse a experiência.

Foi então que eu passei a prestar atenção a esses detalhes de cada coisa e situação, antes mesmo de ouvir falar nos cinco sentidos. O olfato foi naturalmente se desenvolvendo, depois de muitos esforços.

É impressionante a maneira como a minha memória se baseia nesse sentido. Os tais cheiros ficam na memória mesmo com o passar dos anos. Eu guardo o cheiro daquela viagem a Ubatuba, terra molhada com jasmin. Ou o daquela ao Guarujá no ano passado, cheiro de pipoca, dama da noite e mar.

E às vezes os sinto denovo. Mesmo sem a presença física...

Andando pela Paulista, senti o cheiro deste apartamento no Guarujá, o da viagem com os amigos no ano passado. Cheguei a me questionar: quando a lembrança dele vem do nada, é a saudade do momento que bate e fica?! Nem sei porque perguntei.

Minha casa cheira lírio e paz. A Roxinha cheira babalu de uva. O tio mais doido cheira macadâmia. E ele cheira confort.

"Que menina doida! Porque não disse logo que gosta muito de perfumes?"

Não, não. Não é dos perfumes que eu falo. São os intrínsecos que me atraem. Sinto, eles não vêm em frasquinhos coloridos e muito menos custam caro. E melhor, não sinto muito.

Não vou explicar o que nem eu sei.

Limito-me a ficar aqui sentindo o cheiro da idade nova, do jantar em família, dos telefonemas, da noite estrelada...e que todos eles fiquem pra sempre aqui. Mais, que eu continue a recordar de um e de outro, vez por outra.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Celebrando a autenticidade

Essa não é mais uma crítica àquilo que cismam enfeitar com "te adoro" ou o derivado "te amo". São apenas idéias soltas de quem não tem muita experiência e poupa as papas da língua.

E a quem interessar, eu continuo solteira, por opção. Por opção daqueles que não dão a cara a tapa, que continuam a usar máscaras mesmo fora do carnaval. Por opção de quem não é firme o suficiente para se mostrar, de quem não aceita a própria imagem, digo, a própria sinceridade.

Isso não é só meu, não.

Preza-se quem assiste ao "Perfume de mulher". Meus parabéns! Mas, de que adianta assistir e não incorporar? O filme é sensível e exige sensibilidade. Quem assistiu e continuou agindo igual aos velozes e furiosos, na eterna corrida da autoafirmação, me desculpe, mas não compreendeu.

As cenas deveriam emocionar e acrescentar. Nada é apenas aquilo ali nítido aos olhos. É mais, a sensibilidade prática se faz necessária.

Acho que é por isso que boa parte das solteiras que conheço preferem a teoria. É mais fácil imaginar-se encantada, é mais simples quando as coisas só têm uma explicação, a sua.

É mais bonito alguém que brinca de alguém tem que ceder, explora e se emociona com 16 quadras.

Um viva à autenticidade!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Revirando

A cada carta era um pedaço meu que ressurgia. Há tanto adormecido levantava-se de prontidão, como quem estivera à espera de alguém. De mim mesma.
Fato é que a inspiração continua a tocar a campainha apenas após as dez da noite. E é então que tudo vira motivo. Os pais percebem os olhos longe. O silêncio conduz a uma série inenarrável de palavras, que parecem já ter nascido juntas. Tudo se encaixa e se forma tão perfeitamente que sou levada a acreditar no tal destino. É sintonia.
A novela, os perfumes, o incenso de morango que perdura.
As fotos no chão criam a atmosfera, aliás, não só uma. São os permanentes sonhos que se mostram agora, ainda mais fortes. É, amadureceram sim.
Mais um daqueles instantes palpáveis, mais alguns nas palmas das mãos, na língua afiada, na extremidade de quem aprendeu que sinceridade é tudo, no coração que não se cabe de felicidade, no sorriso que sempre se elogia, e, mais do que nunca, na ponta da caneta de quem aspira e realiza.

domingo, 13 de janeiro de 2008

O encontro

E depois de tanto ansiar, o desperatdor tocou. Ela acordou de seus pensamentos envolventes e começou uma sequência de gestos, afazeres, uma rotina.
O sono já acabara naquela manhã, mas de lá até aqui, com algumas horas decorridas, ela nada fizera além de pensar, refletir, analisar, programar, esquematizar tudo aquilo a que agora dera início.
Levantou-se da cama, dirigiu ao pequeno compartimento no fundo do quarto e tirou do cabide o vestido já passado, a ferro, havia dias. Bege, discreto como ela, sem expor na cor nenhum tipo de emoção, sem mostrar a personalidade. Neutra. A cor e ela.
Despiu a camiseta branca e se pôs dentro do vestido liso, até o joelho. Calçou o sapato do mesmo tom, sem brilho, sem nada.
Encaminhou-se então para o espelho, olhou e abriu um sorriso ao mesmo tom da roupa.
Ela não gostava de maquiagem, no máximo uma base para ajeitar o tom da pele. Tudo em harmonia, nada em destaque..era seu lema.
Passou a manteiga de cacau e se pôs a procurar o tal brinquinho pequeno, presente do pai quando completara 10 anos, 7.3oo dias antes de hoje. Custou a achar, e isso fora do lugar, depois de tanto arquitetar a emergiu em alguns instantes de desespero. Achou-os por fim caídos no chão ao lado de onde calçara os sapatos de pequenos saltos.
Já ia ao encontro da bolsa daquela cor quando tocou o telefone, atendeu de sopetão e não pode disfarçar o tom de desapontamento quando reconheceu a voz do pai, e a mãe ao fundo. Desejaram-lhe felicidade, sucesso e saúde. Ela chegou a se questionar se já não provara a eles possuir tudo isso, não era isso que lhe faltava. Quem sabe se alguém acertasse no desejo, quem sabe?
Desligou então alegando estar atrasada para o tal encontro.
Desceu as escadas do quarto, entrou na sala com a maior leveza. A mesa posta, as velas acesas, o cenário ideal, mas sem cor, sem sentimento, sem nada que não fosse algumas pedrinhas entaladas na garganta.
Sentou-se à mesa e como num estalo, prendeu sua atenção ao aquário, de vidro, a dar destaque ao único corpo em tom diferente. Laranja, prendeu-se ele em seus olhos castanhos.
Glub. Glub.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Conversa com Manoel


Tenho encontros diários com as minhas contradições. Despratiquemos então as normas. Não contemplemos as paisagens. Deixemos que as paisagens nos contemplem. Mudemos as coisas de comportamento. Não é uma questão apenas de mudar o nosso olhar, mas sim, de mudar o olhar do mundo sobre a gente, entende a diferença?
É tudo uma descoberta. Não, nada é procurado. É deixar que se compreendam as coisas depois que já foram feitas. Nada de premeditar. E pra quê programar a vida? Você vai passar o resto dos dias pensando: eu se eu tivesse feito de tal forma? E se mudasse os planos?
Não faça planos. Sonhe.
Não tenha saudade daquilo que você não foi. Guarde as memórias em um lugar seguro, se possível a sete chaves. E se apegue a elas se precisar encontrar o rumo de dentro. Desvie dos palpites, e os conselhos, só ouça os de quem te quer bem. E tenha a certeza de que nessa categoria, não são todas as pessoas que se encontram não.
Quer ver?
Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina, e é um paradoxo que me ajuda. Um paradoxo que não se vê, se sente. Que não se explica, se crê. Então seria o caso de que as imagens pintadas com palavras eram para se ver de ouvir, né?
Aja, mesmo que em sua cabeça não pare de soar a frase: “Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância”.Seja por medo, timidez ou mesmo falta de oportunidade. Faça-o então. Não se preocupe com os olhares alheios. Aliás, até se interesse por eles. Deixem que olhem, faça-os olhar, admirar.
Acho que falta ser um pouco mais bocó mesmo. E veja lá, segundo o nosso dicionário, bocó é sempre alguém acrescentado de criança.
Nós não sabemos nada sobre as grandes coisas da vida, mas sobre as pequenas, temos a incrível capacidade de saber menos ainda.
Lembre-se que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. E que a beleza se explica melhor por não haver razão nenhuma nela.
O essencial é ir ao encontro de todos os tesouros da vida, o mapa para chegar até eles já foi descoberto por muitos, mas veja bem, não há a menor graça em revelar. Cada busca é única e faz parte do processo. Não vá atrás de sofrimento, mas se ele fizer parte da conquista, enfrente-o com braveza.
Diga exatamente o que pensa e sente quando alguém te agride sem perceber.
Deixe as lágrimas rolarem livremente. Não regule o tom de voz, nem pense duas vezes antes de bronquear, mesmo correndo o risco de cometer uma injustiça, mesmo que mexicanize a cena. Reclame em vez de perdoar e esquecer, em vez de deixar o tempo passar a fim de que a amizade resista, em vez de sofrer quieto em seu canto.
Continuemos a viver com paixão, no entanto com muito mais equilíbrio, em uma nova composição. Continuemos achando algumas pessoas interessantes, porém não fiquemos mais idealizando a performance delas nas nossas vidas.
Consiga trabalhar com a idéia de que as "coisas" podem e talvez até devam ter o seu tempo determinado. E que você sim, precisa viver feliz pra sempre, até que a morte te separe.